“Infelizmente, o Governo Regional é o Governo dos recordes negativos”, lamenta Berto Messias

PS Açores - Há 14 horas

O Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores lamentou hoje os números agora divulgados, que apontam para um défice de cerca de 232 milhões de euros negativos do Governo Regional no final de setembro, sublinhando que “infelizmente, o Governo Regional é o Governo dos recordes negativos”.

“Ou seja, a diferença entre a receita e a despesa no final deste trimestre é de 232 milhões de euros negativos, o maior défice de sempre da história dos Governos Regionais em funções na nossa Região. Olhamos para estes números com grandes preocupações”, refere Berto Messias depois de uma reunião com a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.

Segundo o líder parlamentar socialista, “temos um Governo que bate recordes negativos todos os dias. Em junho passado, bateram o recorde da maior dívida de sempre, mais de 3.700 milhões de euros de dívida financeira. Agora, em setembro, o maior défice de sempre”.

“Associado a isto, temos um Governo com baixos índices de execução orçamental, com grandes dificuldades em executar os fundos comunitários disponíveis e um Governo que se atrasa permanentemente no pagamento dos compromissos que assume. Isso é uma evidência diária. Todos os dias ouvimos empresas e instituições a queixar-se que os apoios prometidos e acordados ou não chegam, ou chegam tarde”, referiu.

Para Berto Messias, “este cenário cria um clima adverso à atividade económica. Este Governo fala muito em competitividade, mas atrasa pagamentos, bloqueia investimentos e reduz dotações no meio do ano. Assim não há economia que cresça nem empresa que confie”, afirmou o líder parlamentar, destacando que os problemas identificados não se relacionam com falta de verba, mas sim com incapacidade de gestão e execução.

O socialista denunciou ainda a demora sistemática na avaliação de candidaturas e no pagamento de incentivos. “Há projetos do Construir 2030 à espera de decisão há mais de um ano. Isto é inaceitável e traduz-se em perda de tempo, de investimento e de confiança. Os atrasos do Governo criam estrangulamentos de tesouraria nas empresas e estão a travar o investimento privado nos Açores.”

Berto Messias acrescentou que as empresas não precisam de anúncios, mas de previsibilidade e de um Governo que cumpra o que promete. “A economia açoriana podia ser muito mais pujante se tivesse um Governo que governasse a favor das empresas e não contra o seu ritmo e a sua confiança.”

Sublinhando o compromisso dos socialistas com o setor, o líder parlamentar reiterou a disponibilidade do PS para continuar a trabalhar em defesa da economia, reforçando a sua disponibilidade para ouvir as empresas e “levar as suas preocupações ao Parlamento”, assumindo-se como “voz da economia real perante um Governo que se limita à propaganda”.

“O PS/Açores considera essencial que o Plano e Orçamento para 2026 incorpore medidas que garantam execução, estabilidade e confiança ao tecido empresarial, assegurando pagamentos em tempo útil, agilização dos projetos e previsibilidade para investir”, concluiu.

 

Angra do Heroísmo, 03 de novembro de 2025